Tovar acusa Governo de asfixiar educação e de comprometer de modo irreversível a UEPB

Os mais de três meses de greve dos professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), aliado a tentativa do Governo do Estado de terceirizar a educação, é para o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB), o retrato do fim de uma gestão sem compromisso com o futuro da Paraíba. “Não basta fechar escolas; estagnar e comprometer de modo quase irreversível a UEPB, o governador Ricardo Coutinho agora quer asfixiar e lotear a nossa rede educacional. Não podemos permitir que esse processo continue. Caso o Governo insista nessa insanidade, nós acionaremos a Justiça”, reiterou.

O deputado, que é líder da oposição na Assembleia Legislativa, acionou o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) para emitir parecer sobre a legalidade do processo seletivo que seria realizado, na última terça-feira (11), mas que acabou sendo adiado para a próxima semana, após auditoria preliminar realizada pelo órgão, que teria identificado indícios de irregularidades no leilão pretendido pelo Governo. O desembolso estimado pela gestão com a terceirização chega a R$ 10,3 milhões.

“Nosso apelo é para que o Tribunal se pronuncie no sentido de impedir que esse leilão aconteça. O governador aproveita do recesso legislativo para dar sequência a mais uma de suas atitudes tiranas contra o povo do nosso Estado. Agora que o assunto ganhou os meios de comunicação eles querem diminuir o impacto da medida, mas não iremos permitir que essa manobra se concretize sem que antes formulemos as denúncias aos órgãos competentes e que soluções sejam tomadas”, afirmou.

Greve na UEPB – Outro fator de desmando na educação estadual é a situação da UEPB, segundo Tovar Correia Lima. Para ele, a ação do Governo Ricardo Coutinho pode comprometer de modo decisivo a produção cientifica e o desenvolvimento de projetos que promovem benefícios diretos a população.  A greve, que já dura 97 dias, deixando sem aula 23 mil alunos. 

“O governador não se sensibiliza com o déficit que está sendo gerado com sua intransigência. Estamos deixando de formar profissionais, de produzir projetos científicos e ainda de atender a sociedade atreves de várias iniciativas desenvolvidas pela UEPB. Podemos comprometer de modo irreversível a nossa universidade”, ponderou, lembrando que nas duas greves de professores e funcionários entre os anos de 2013 a 2016 a instituição perdeu 15.128 alunos.

Fonte: Assessoria