Alerta: Câncer de pele foi responsável por 77 mortes até outubro na Paraíba

Resultado de imagem para Câncer de peleAté outubro deste ano, 77 pessoas já morreram por câncer de pele na Paraíba, segundo dados repassados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O número é 16,6% maior que todo ano passado, cenário que tem feito especialistas reforçarem a necessidade do uso do protetor solar.

Apesar do verão só começar oficialmente no próximo dia 21, a intensidade dos raios solares tem atingindo níveis extremos na Paraíba, corroborando o alerta. Segundo previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), João Pessoa tem marcado até 11,6 no Índice Ultravioleta, que mede a intensidades dos raios.

A taxa é considerada extrema, numa escala que vai de 0 a 18. Analisando os hábitos culturais dos brasileiros, o alerta se mostra mais necessário. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), realizada pelo Datafolha, em dezembro de 2016, mostrou que só 23% dos brasileiros usam protetor solar diariamente, como recomendado pelos dermatologistas.

Considerando que vivemos numa região tropical, onde o sol aparece quase todo o ano, este cenário preocupa especialistas, já que o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A dermatologista Marcela Vida, da Hapvida Saúde, destaca que o uso dos bloqueadores solares deve ser contínuo, hábito tão comum quanto tomar banho ou escovar os dentes.

“É frequente quando pergunto aos meus pacientes se eles usam protetor solar e eles me respondem que usam quando vão a praia. As pessoas, principalmente da região Nordeste, precisam entender que a radiação solar que recebemos no Brasil é muito intensa, os cuidados precisam ser constantes, diários”.

O câncer de pele é mais frequente em pessoas acima de 40 anos ou de pele muito clara e sensível ao sol, por isso é preciso ter cuidado redobrado e ficar atento a qualquer modificação na pele.

Manchas que coçam e aparecem subitamente, saliência na pele com colorações variáveis, de cor da pele rosada ou marrom, ou ainda uma pequena ferida que não cicatriza e que aumenta gradativamente, são sinais de que algo errado está acontecendo e que um médico precisa investigar. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais chances de tratamento e cura.

Bloqueador solar. Como usar corretamente
▶ Proteção intensiva: A cada 2 horas deve-se reaplicar o protetor solar. Não adianta aplicar um protetor de alta proteção e não refazer a aplicação durante todo o dia. Além disso, a proteção física também é de grande ajuda, como uso de chapéus e camisas de manga com fator de proteção

▶ Fator de Proteção Solar: Pessoas de tom de pele mais escuro possuem uma proteção natural devido a maior quantidade de melanina (responsável por filtrar parte da radiação) na pele. Mas como no Brasil somos uma população de mistura de etnias e a avaliação do fototipo do paciente necessita ser feita por um profissional qualificado, a dermatologista orienta que o fator de proteção seja pelo menos 30. Pessoas de tom mais claro devem optar por fatores maiores, como FPS 50.

▶ Quantidade de protetor: Muitas pessoas aplicam o protetor solar numa quantidade inferior a necessária para garantir a proteção. Segundo Marcela Vidal, existe uma regra geral de 9 colheres de chá: 1 para cabeça e pescoço, 1 para cada braço, 2 para o tronco e 2 para cada perna. Outra dica é passar o produto em todo o corpo e repetir novamente o mesmo procedimento para garantir que na segunda passada todas as áreas sejam cobertas. Atenção para não esquecer orelhas e as áreas próximas à roupa.

Fonte: Correio da PB