Maior chuva de meteoros do ano tem pico na próxima semana

maior-chuva-de-meteoros-do-ano-tem-pico-na-quarta-feiraApaixonados por astronomia terão a chance de observar a maior chuva de meteoros de 2017 na noite da próxima quarta (13) e madrugada da quinta-feira (14), quando ocorre o pico da Geminídeas. A expectativa é de que seja possível ver entre 50 e 70 meteoros por hora, segundo Marcelo Zurita, diretor técnico da Bramon, rede colaborativa de astrônomos amadores e profissionais. Uma equipe ligada a Associação Paraibana de Astronomia (APA) planeja montar um esquema especial de observação na Pedra da Boca, em Araruna, Agreste do estado, a 165 km de João Pessoa.

“A Geminídeas é uma das grandes chuvas que acontecem anualmente. Aqui no Nordeste, é a chuva de meteoros de maior intensidade e, neste ano, ela ocorre durante a Lua Nova, o que facilita a observação”, diz Marcelo Zurita.

O astrônomo amador acrescenta que a chuva Geminídeas possui um diferencial: ela está associada a um asteroide, o 3200 Faetonte, ao contrário de outras concentrações de meteoros, provenientes de cometas. “É interessante que o 3200 Faetonte irá se aproximar da Terra no sábado, dois dias após a máxima da chuva de meteoros. Ele irá passar a 10 milhões de quilômetros da Terra, uma distância bem segura, mas que astronomicamente é considerada curta”, completa.

Quanto menor for a presença de iluminação urbana, melhor será a experiência de observação. “Se não estiver nublado, afaste-se das luzes brilhantes, deite-se e procure. Deixe seus olhos se ajustarem ao escuro, você verá mais meteoros dessa maneira. Os meteoros geralmente podem ser vistos por todo o céu, então não olhe em uma direção particular”, explica uma recomendação divulgada pela Nasa.

Ainda de acordo com agência de pesquisa e exploração espacial, a chuva de meteoros Geminídeas é considerada um mistério. Isso porque especialistas divergem sobre a sua origem, o objeto 3200 Faetonte, tecnicamente classificado como asteroide – o primeiro a ser descoberto via satélite – mas que, segundo uma outra teoria, seria na realidade o núcleo de um cometa extinto, que perdeu material volátil e cauda. “Basicamente, seria o esqueleto rochoso de um cometa que perdeu o gelo depois de muitos encontros próximos com o sol”, diz um artigo publicado na internet.

O 3200 Faetonte foi descoberto em 1983 e seu nome é uma referência ao mito grego de Phaethon, filho do deus do Sol, Helios. Todos os anos, no mês de dezembro, a Terra atravessa as trilhas de poeira deixadas pelo asteroide, possibilitando a observação da chuva de meteoros.

Fonte: Amanda Gabriel-Portal Correio